Archive for the 'Galeria de Eugénio' Category

15
Fev
16

Eugénio na tela

“Eugénio de Andrade, o Poeta”, Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade – Fundão, pintura Isabel Nunes

Eugénio de Andrade, o Poeta' Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade - Fundão, pintura Isabel Nunes

06
Jul
14

O Sal da Língua comemora (hoje e sempre) Sophia

O Sal da Língua comemora a poesia de Sophia de Mello Breyner, no mês em que se completam 10 anos desde o seu desaparecimento (no dia 2 de julho de 2004). Numa publicação passada, datada de 30 de janeiro de 2011, tinha sido publicado neste blogue um poema feito pelo Eugénio e dedicado à poetisa Sophia, aproveito para relembrar esse poema e para deixar o manuscrito em que este foi escrito, pelo próprio Eugénio. Deixo também uma fotografia de Eugénio de Andrade com a poetisa e a escritora Agustina Bessa Luís, datada dos anos 50, e uma foto de Sophia com Eugénio e vários outros escritores e poetas portugueses.

Não sei porque floriram no meu rosto

os olhos e os rostos que há em ti.

Floriram por acaso, ao sol de agosto

sem mesmo haver agosto ou sol em mim.

Não sei porque floriram: se o orvalho as queima

(Ponho as mãos nos olhos para os proteger!)

Tão estranho! florirem no meu rosto

olhos e rostos que não posso ver.

Eugénio de Andrade, Fevereiro de 1946

 

Carta de Eugénio de Andrade com «Poema / para a Sofia Andresen», assinado e datado «Fev. 46»

Carta de Eugénio de Andrade com «Poema / para a Sofia Andresen», assinado e datado «Fev. 46» (Fonte: http://purl.pt/19841/1/galeria/textos/f11/foto1.html)

Sophia com Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade. Anos 50

Sophia com Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade. Anos 50 (Fonte: http://purl.pt/19841/1/1950/1950-2.html)

Sophia com amigos, na Casa de Mateus, anos 80. De trás para a frente e da esquerda para a direita: Andrée Rocha, Vasco Graça Moura, Miguel Torga, Graça Seabra Gomes, Alberto Pimenta; Eugénio de Andrade, Sophia, Pedro Tamen, Helena Vaz da Silva; Alexandre O’Neill, Clara Rocha, Fernando Guimarães; Fernando Albuquerque, M. de Lourdes Guimarães, (?), Francisco Sousa Tavares, (?)

Sophia com amigos, na Casa de Mateus, anos 80. De trás para a frente e da esquerda para a direita: Andrée Rocha, Vasco Graça Moura, Miguel Torga, Graça Seabra Gomes, Alberto Pimenta; Eugénio de Andrade, Sophia, Pedro Tamen, Helena Vaz da Silva; Alexandre O’Neill, Clara Rocha, Fernando Guimarães; Fernando Albuquerque, M. de Lourdes Guimarães, (?), Francisco Sousa Tavares, (?) (Fonte: http://purl.pt/19841/1/1980/galeria/f12/foto1.html)

 

 

14
Jun
14

13 de junho. 9 anos do desaparecimento de Eugénio

Ontem assinalou-se mais um ano do desaparecimento de Eugénio de Andrade, que voou com as aves há precisamente 9 anos, a 13 de junho de 2005, no mesmo dia do escritor Álvaro Cunhal. Neste dia e ano também se assinalaram os 17 anos do desaparecimento do poeta Al Berto e os 126 anos do nascimento do imenso Fernando Pessoa.

Na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão,  lançaram-se ontem dois livros sobre o poeta: “Eugénio de Andrade: Uma Vida Por Um Só Verso”, de António Oliveira, um investigador, doutorado em Literatura, que fez diversos estudos sobre a poesia em geral e que fez várias comunicações sobre Eugénio de Andrade, tendo inclusive publicado dois ensaios sobre o poeta, evoca a vida e poesia de Eugénio e “O Génio de Andrade”, de Arnaldo Saraiva, que reúne um conjunto de ensaios inéditos de Arnaldo Saraiva sobre o poeta nascido na Póvoa de Atalaia.

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A Biblioteca Municipal do Porto, cidade onde o poeta viveu, dinamiza na data de hoje, 14 de junho, o percurso cultural “O Porto de Eugénio”, do Jardim de São Lázaro até ao Campo 24 de agosto, parando nalguns pontos para a leitura de poemas de Eugénio dedicados à cidade onde viveu por mais de 40 anos.

 

18
Maio
14

O Sal da Língua comemora… Vasco Graça Moura

O Sal da Língua comemora a poesia de Vasco Graça Moura, que partiu no mês passado, aos 72 anos de idade, mas que nos deixou de herança um património riquíssimo entre o qual figura a poesia.

Nada melhor, para homenagear o poeta no Sal da Língua, que:

– uma fotografia divulgada pelo Jornal Público (edição Porto de dia 28 de abril de 2014), em que figura ao lado de outros queridos poetas portugueses: Pedro Tamen,Alberto Pimenta, Alexandre O’Neill, Miguel Torga e o nosso Eugénio de Andrade.

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– um dos seus muitos poemas, lamento por diotima (In Poesia, 1963-1995, Círculo de Leitores, 2001, p. 402).

o que vamos fazer amanhã
neste caso de amor desesperado?
ouvir música romântica
ou trepar pelas paredes acima?
amarfarnhar-nos numa cadeira
ou ficar fixamente diante
de um copo de vinho ou de uma ravina?
o que vamos fazer amanhã
que não seja um ajuste de contas?
o que vamos fazer amanhã
do que mais se sonhou ou morreu?
numa esquina talvez te atropelem,
num relvado talvez me fuzilem,
o teu corpo talvez seja meu,
mas o que vamos fazer amanhã
entre as árvores e a solidão?
– e umas palavras do escritor e amigo Eduardo Pitta publicadas no seu blogue Da Literatura aquando da sua morte:
“Mesmo esperada, a morte de um amigo é sempre intolerável. Vasco Graça Moura morreu hoje (27 de abril) de manhã. Tinha 72 anos. Poeta, ensaísta, ficcionista e tradutor, deixa uma obra que marca o século XX português. Actual presidente da Fundação Centro Cultural de Belém, Graça Moura ocupou nos últimos quarenta anos diversos cargos institucionais. Duas vezes secretário de Estado, primeiro da Segurança Social, depois dos Retornados (nos 4.º e 5.º governos provisórios, respectivamente); director de programas da RTP; presidente da Imprensa Nacional / Casa da Moeda (a ele se devendo a edição portuguesa, em 41 volumes, da enciclopédia Einaudi); presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa; comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha; presidente da Comissão Nacional dos Descobrimentos (1988-95); director da revista Oceanos; director da Fundação Casa de Mateus; membro do conselho-geral da Comissão Nacional da UNESCO; director do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-99) e também consultor da FLAD. Deputado ao Parlamento Europeu durante dez anos (1999-2009), eleito nas listas do PSD. Além de diversos prémios literários, em Portugal e no estrangeiro, recebeu em 1995 o Prémio Pessoa. Há três meses foi-lhe outorgada a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada. Homem de convicções fortes, à Direita, nunca se preocupou com a ideologia dos seus pares.
Várias vezes compilada, a obra poética [1962-2010] encontra-se disponível em dois volumes que a Quetzal publicou em Outubro de 2012 com o título de Poesia Reunida. Escrevi muito sobre ela, não me vou repetir. Graça Moura publicou ainda seis romances, dezenas de volumes de ensaio e dois de crónicas. Entre outros, traduziu Dante — A Divina Comédia entrou no património da língua portuguesa —, Petrarca, Shakespeare (os sonetos), Ronsard, Villon, Corneille, Molière, Racine, Rilke, Lorca, Enzensberger, Gottfried Benn, Seamus Heaney e Tomas Tranströmer. Foi o mais consistente opositor do Acordo Ortográfico de 1990, tema a que dedicou o ensaio Acordo Ortográfico: a Perspectiva do Desastre (2008), que publiquei neste blogue antes da sua impressão em volume. À família e, em particular, a Maria Bochicchio, apresento condolências. Até sempre, Vasco.”

 

16
Dez
13

6 anos de Sal da Língua

O Sal da Língua comemora seis anos. Comecei esta aventura  no dia 14 de dezembro de 2007 e nunca mais parei. Com maior ou menor frequência a proposta mantém-se: divulgar a poesia e prosa do poeta português Eugénio de Andrade. Agradeço as mais de 80000 visitas ao longo destes anos e conto com vocês para celebrarmos as palavras de Eugénio e de outros poetas e escritores que tanto enriquecem o nosso património enquanto país. Agradeço também à Biblioteca Municipal do Porto por ter incluído o Sal da Língua na Biblioteca Digital sobre o poeta e agradeço ao blogue/editora Vidráguas, o irmão brasileiro do Sal da Língua, que deu todo o apoio à divulgação do poeta do outro lado do Atlântico.

Em jeito de celebração, aqui fica um retrato de Eugénio de Andrade pintado pelo seu grande amigo e poeta das cores Júlio Resende. Já publiquei alguns dos textos que Eugénio dedicou ao amigo Resende, um dos quais no dia 25 de setembro de 2011 com o título “Resende nosso contemporâneo”.

Um abraço a todos,

Raquel

Eugénio de Andrade por Júlio Resende

Eugénio de Andrade por Júlio Resende

 

15
Ago
13

Dia de sol e de risos!

O Sal da Língua deseja um dia sorridente para todos!

Eugénio de Andrade (Fonte: LP Poemas de EA lidos pelo autor, Orfeu)

Eugénio de Andrade (Fonte: LP Poemas de EA lidos pelo autor, Orfeu)

04
Jun
13

Eugénio de Andrade, por Ana Paula Lopes

Eugénio de Andrade, óleo sobre tela, Ana Paula Lopes

Eugénio de Andrade, óleo sobre tela, Ana Paula Lopes

16
Jan
12

Sou filho de camponeses…

Fonte: LP Poemas de EA lidos pelo autor, Orfeu

07
Nov
11

O Sal da Língua comemora… o encontro de Luís Cília e EA

O Sal da Língua comemora os 32 anos do álbum do cantor Luís Cília com o nome “O Peso da Sombra – A Poesia de Eugénio de Andrade“. Neste álbum, gravado em 1979 e dedicado totalmente à poesia de Eugénio, ganham um novo espaço poemas como “Canção breve”, “Adeus” ou “O Peso da Sombra”.

O Sal da  Língua saúda também o homem que acompanha o cantor, pela dedicação às causas e às artes.

Fontes: http://www.luiscilia.com/

12
Ago
11

O Verão, enfim…

Estou em vésperas de partir para o Verão, Eugénio acompanha-me a banhos e a caminhadas por cidades e serras e o Sal da Língua, esse, ficará ao vosso cuidado!

Até breve,

Raquel

Eugénio de Andrade (Fonte: LP Poemas de EA lidos pelo autor, Orfeu)




"Poupar o coração é permitir à morte coroar-se de alegria." Eugénio de Andrade
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“Sobre Eugénio sobra-me em emoção e lágrimas o que escasseia em palavras. Não há claridade que te descreva, meu querido Eugénio. És o meu poeta de ontem e de sempre. Mantinha um desejo secreto de te conhecer um dia, passar uma tarde contigo de manta nas pernas a afagar os gatos que tanto amavas. Em silêncio, sim, pois sempre foi em silêncio que me disseste tudo ao longo destes anos todos em que devorei as tuas palavras. Tu não poupaste o coração e por isso viverás sempre. Não há morte que resista a isso.” Raquel Agra (13/06/2005)

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